quinta-feira, março 4

Apresento.

        A paisagem esfumaçada pela neblina que cobre com delicadeza cada pedaço de natureza ao mesmo tempo que desenha meu rosto.

       Momento em que as reflexões se tornam muito claras e que as experiências da vida finalmente parecem possuir algum tipo de conexão. Relato, em primórdia, que sou apenas uma menina. Uma menina que aprecia o escrever, mas escreve o que lhe convém e da forma lhe enquadra. E busca o real motivo de querer expôr seus rastros de existência. Questiona-se em relação  ao objetivo de condensar seus sentimentos em letrinhas tão simplórias assim. O que realmente quer com isso?
       Meu desejo e obsessão por poetizar minha vida, minha vontade de ser bela de alma, enfim, tudo o que almejo faz de mim um ser desesperado, aflito e intenso. Entretanto, meu desespero faz papel de conforto e minha aflição também pode nomear-se serenidade. Quero mais é sentir. Quero mais é silenciar. É bom lidar com o mundo, é bom conhecer e explorar. Melhor ainda é realizar tudo isso sabendo que o meu silêncio, meu corpo e meus movimentos estarão comigo sempre que precisar de aconchego.
      Esse discurso em primeira pessoa pode parecer egocêntrico mas, apesar de sempre pecar nas dissertações, conheço também as segundas e terceiras. E essas mesmas estão presentes em muitos momentos da minha estrada.


     

2 comentários:

  1. Esse discurso em primeira pessoa pode parecer egocêntrico mas, apesar de sempre pecar nas dissertações, conheço também as segundas e terceiras. E essas mesmas estão presentes em muitos momentos da minha estrada.

    Parei contigo, poeta.

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  2. Tudo muito profundo e intenso...
    Essa Bruna que me leva com ela num passeio pra dentro de si, assim como a de fora, também é linda!
    E essa, mais que a de fora, é única.

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