sexta-feira, abril 30

Qualquer coisa que se sinta.

Tens ciência daqueles dias de doença em que é de tua obrigação permanecer em silêncio? Principalmente quando tua voz está afetada, sem retorno.
Pois então. É fascinante.
Não encarar a vida com a realidade que ela necessita, sair de órbita. Acomodar-se dentro do corpo que a febre sacrifica. Olhos quentes, o cobertor que aquece o frio, a pele que se transforma em brasa. Queima.
Levanta-se, despeja a água que contatua com a pele - choque.
Derrama-se no cheiro da mãe e busca alguma poesia para abrandar. Poesia harmônica ou não. Ritmada ou não. Almejo de encontrar alguma brisa para atenuar o calor que sobe, sobe.

Um comentário: