quinta-feira, janeiro 17

Eu-labirinto

Não sei se vivo em mim meu corpo tomado - inteiro de profundo - ou se desisti de intensificar-me nos sentimentos, de conhecer o poço de cada sensação por estar cansada de subir para a superfície, e poder compartilhar a vida com o mundo.
Qual dos dois é aprender a viver?
Não.
É que existe uma identidade nisso tudo que vira o sentir.
Até chegar o momento de bater no peito, é a singularidade que guia o sentimento. Até chegar no coração, há uma propriedade minha, só minha que encaminha meu modo de sentir. É como se fosse um labirinto personalizado que é construído com minha carne.
E se o labirinto muda?
A carne muta?
Viro outra que não é a mesma, que não tem o mesmo gosto?
Isso que é crescer, é mudar de gosto?

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