quinta-feira, agosto 23

De mar.

É que eu não sei me mexer nesse mundo da superfície.
Fico olhando, com medo, todas essas coisas estranhas que existem na beira.
Não conheço esse negócio de não dizer aquilo que sente, cobrindo as emoções com capas vazias.
Aí prefiro me aquietar.
Se isso me for exigido, é melhor que meu fundo seja contemplado por mim.
Que eu fique no azul marinho denso, sem vontade alguma de ser decifrada.

Mas eu não queria.

Era bom se claro azul se tornasse. Que todos vomitassem cor clara logo d'uma vez, para que de luz tudo logo vivesse.
É tão melhor andar assim...